VICENS PRATS & ENSEMBLE DARCOS > 27 & 28 ABRIL

  • 27 abril / sábado / 19h00 – ANFITEATRO CHIMICO, MUSEU NACIONAL DE HISTÓRIA NATURAL E DA CIÊNCIA, LISBOA – Entrada gratuita
  • 28 abril /domingo / 17h00 – ADEGA COOPERATIVA SÃO MAMEDE DA VENTOSA TORRES VEDRAS – Entrada gratuita

Vicens Prats / flauta

ENSEMBLE DARCOS

W. A. Mozart (1756 – 1791)

Quarteto com flauta em Dó Maior, K. 285b

I. Allegro
II. Andantino: tema e variazioni

Quarteto com flauta em Ré Maior, K. 285

I. Allegro II. Allegro III. Rondo

T. Derriça (n. 1986)

Três andamentos de “Seven ages of man” (para quarteto de cordas)

III. Love

IV. War

VII. Death

G. P. Telemann (1681 – 1767)

Duplo concerto para Flauta, cordas e continuo TWV: E1

I. Largo

II. Allegro

III. Largo

IV. Presto

Em Dezembro de 1777, Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) procurava obter um cargo na musicalíssima Corte de Mannheim. Aí foi apresentado a Ferdinand Dejan (1731-1797), médico e flautista amador, que lhe encomendou “3 pequenos, curtos e fáceis concertos e alguns quartetos com flauta”, pela consi- derável quantia de 200 gulden. Contudo, Mozart não completou a encomenda, não sendo claro o motivo para tal. Escrito em meados de 1778, o quarteto K.285b foi o último dos 3 quartetos compostos. Com apenas dois andamentos, a um gracioso Allegro, segue-se um lírico Andantino com seis variações.

Encomenda do Quarteto Camões, a quem é dedicado, para ser estreado no Festival Dias da Música, em 2019, no Centro Cultural de Belém, o quarteto Seven ages of man de Tiago Derriça (1986) está divido em sete andamentos, as sete fases da vida do Homem, da infância ao seu declínio e morte, partin- do de sonetos e excertos de peças de William Shakespeare (1564-1616). Serão interpretados o 3o andamento, Love [Amor], segundo o soneto 116 (1609), e o 7o e último andamento, Death [Morte], segundo a cena 1a do 4o acto da peça A Tempestade (1611).

Ao invés de maioria dos compositores barrocos, cujos concertos têm como base estrutural as aberturas de ópera italiana, na fórmula rápido-lento-rápido, Georg Philipp Telemann (1681-1767) preferia o modelo da sonata da chiesa, lento-rápido-lento-rápido, segundo o estilo de Arcangelo Corelli (1653-

1713). O duplo concerto para Flautas TWV52:E1 (flauta de bisel e flauta transversal) obedece a essa estrutura. Elegantemente contrastante, o diálogo incandescente entre as flautas, pleno de dissonâncias, vai-se desenrolando sob um panejamento orquestral discreto, de forma plangente no 1o andamento, virtuosa no 2o andamento. Ao lirismo extático do 3o andamento sucede-se um rodopiante e conclusivo rondo alla turca, pleno de exotismo.